segunda-feira, 29 de março de 2010

Renato Barbosa ainda Vive

Fiquei satisfeito com a reportagem da Folha da Manhã de ontem com o Dentista Marco Barcelos afirmando que o grupo de amigos de Renato Barbosa continua unido e não vai deixar de lutar pelos seus ideais.
Sinceramente, conheço algumas pessoas do grupo e posso afirmar que o grupo de amigos de Renato Barbosa é na politíca um grupo diferenciado, pois lutam por ideais e não por cargos. Vale ressaltar, que o grupo continuou ao lado de Renato Barbosa mesmo quando ele não era vereador.
Na reportagem três pessoas do grupo são citadas, Marco Barcelos que é dentista, Marcos Uelbe e José Eduardo que são advogados, profissionais bem sucedidos que não precisam de cargos políticos.

Leia a Reportagam a abaixo

Projeto de Renato Barbosa vive no PT de Campos
Por Aluysio, em 27-03-2010 - 18h53
O projeto que o petista Renato Barbosa tinha para Campos não morreu com ele. Pelo menos é o que garante aquele que em vida foi um de seus maiores amigos e principais colaboradores, o odontólgo Marco Barcelos. Herdado por Odisséia Carvalho junto com o mandato na Câmara, o grupo de Renatinho teve força para fazer a secretaria Geral da nova executiva municipal, com o advogado Marcos Welber, o Marcão, que junto com seu xará dentista, são aventados para uma candidatura a vereador, pelo PT, em 2012 — chance que aumentaria substancialmente caso Odisséia confirme sua intenção já manifesta de se lançar à Prefeitura de Campos no próximo pleito.

Para credenciá-la à sucessão da prefeita Rosinha (PMDB), Barcelos fala em nome do grupo de Renato ao afirmar que a vereadora petista tem honrado o único mandato do partido na Câmara. E embora concorde que há diferenças entre os dois, acredita que Odisséia tem evoluído tecnicamente em sua atuação parlamentar. Além, afirma que Renato Barbosa, também teria defendido a CPI dos Royalties. Ele só discorda de que o grupo de petistas que tentou ridicularizar publicamente Renatinho tenha agora se tornado aliado do grupo de Odisséia e do seu marido e presidente do partido em Campos, Eduardo Peixoto, preferindo tratar o movimento como fruto da filosofia adotada por este para agregar politicamente todas as correntes locais do PT. Mas ao revelar que os ataques a Renato não cessaram nem após sua morte, rechaçando qualquer possibilidade de ligação com seu autor, Marco usa para classificá-lo o mesmo adjetivo contundente que o falecido vereador empregava em vida (aqui): “canalha!”



Falando em nome do grupo de Renato Barbosa, de quem foi grande amigo, o petista Marco Barcelos revelou que os ataques de companheiros do próprio partido ao falecido verador não cessaram nem após sua morte (foto de Mauro de Souza)


Blog — Com a morte de Renatinho Barbosa, como ficou o seu grupo, do qual você faz parte, no exercício do seu mandato de vereador, único do PT na Câmara, por Odisséia Carvalho?

Marco Barcelos — O nosso grupo é forte e continua vivo. Diante da morte de Renato, nos reunimos e decidimos dar continuidade aos projetos políticos dele. Nós temos certeza de que seria esta a vontade do nosso irmão. Ele sonhava com uma Campos melhor, mas esse sonho não era só dele, era do grupo: permanecem conosco.



Blog — Em entrevist a este blog, publicada no último sábado (aqui), o presidente da Câmara, Nelson Nahim (PR), disse que Renato e Odisséia, embora amigos, tem “personalidades muito diferentes”. Se concorda, como essas diferenças se manifestam na atuação política e parlamentar de ambos?

Marco — De fato, são duas pessoas distintas, cada qual com sua personalidade, apesar de partilharem as mesmas ideologias partidárias. Renato era advogado e tinha um melhor entendimento parlamentar, no sentido de elaboração de leis e projetos. Já Odisséia tem uma origem sindicalista. Tem pouca experiência como vereadora, mas temos observado que, tecnicamente, ela se supera a cada dia. Nosso grupo decidiu dar apoio a ela, pois, mesmo não sendo igual a Renato, tem objetivos nobres, com os quais concordamos.



Blog — Em seu ponto de vista e no do grupo de Renatinho, Odisséia acertou ao insistir com a proposta da CPI dos Royalties, mesmo depois de abandonada pela bancada de oposição? Acredita que Renato agiria diferente? De uma maneira geral, acha que suas bandeiras estão sendo bem conduzidas por Odisséia?

Marco — Quando vereador, Renato se manteve na oposição. Não aquela feita de maneira irresponsável, com o único objetivo de derrubar o prefeito. O que ele sempre exigiu foi transparência e probidade. Para isso, se valia até mesmo de requerimentos junto ao Ministério Público. Dessa forma, sim, acreditamos que ele agiria do mesmo modo que Odisséia vem atuando e concordamos com isso. Não se deixaria abater pelo repúdio da situação. Vemos que o PT vem sendo bem representado por ela, com uma conduta íntegra.



Blog — Odisséia, como o blog antecipou com exclusividade (aqui), se reuniu na semana passada com o advogado e blogueiro Cleber Tinoco, com vistas a uma assessoria jurídica para exigir na Justiça os três pedidos de informação, sobre obras do governo Rosinha, negados pela bancada governista, na mesma sessão em que todos os demais vereadores negaram a CPI dos Royalties. No grupo de Renato há dois advogados, o Marcos Welber (Marcão) e o José Eduardo Pessanha da Silva. Eles estão trabalhando em conjunto com o Cleber? Parece que Odisséia ainda não ingressou no Ministério Público porque ainda está sem a ata daquela sessão. Sabe como está essa questão?

Marco — Na realidade, os advogados do nosso grupo estão à disposição de Odisséia, mas não trabalham em conjunto com Cleber Tinoco. Os serviços que vêm sendo prestados por eles ao gabinete da vereadora é de assessoria jurídica e parlamentar, bem como de atendimento comunitário à população carente. A questão da ata continua na mesma: ainda não foi entregue para as devidas providências.



Blog — Não só Renato e Odisséia, como também Hugo Diniz, Hélio Anomal e o (hoje) ex-petista Makhoul Moussalém, foram pública e reiteradamente ridicularizados por um grupo do próprio PT que, após garantir uma vaga na executiva do partido, hoje parece ter se aliado à vereadora e ao seu marido, o presidente Eduardo Peixoto. Como você e o grupo de Renato reagiram aos ataques que ele sofreu, muitos até de ordem pessoal, por parte de companheiros do mesmo partido, e como vocês vêem essa aparente pacificação atual?

Marco — Uma pessoa traiu nossa confiança, atacando os companheiros de uma forma estúpida. Esse covarde não mostra a cara e se esconde por trás de um blog, mas já sabemos quem ele é. Prova de seu desequilíbrio é o fato de ele atacar até mesmo as pessoas do seu próprio grupo. Ora, ninguém precisa ser amigo, mas estamos dentro de um mesmo partido, o que se espera, ao menos, é respeito, ainda que as idéias sejam diferentes. Esta pessoa não teve consideração nenhuma ao nosso irmão Renatinho, mesmo após a sua morte. Assim, não temos e não queremos qualquer ligação com esse canalha. Não consideramos que houve uma aliança entre o atual presidente do PT em Campos e o grupo ao qual você se refere. O fato é que Eduardo Peixoto adotou com habilidade uma filosofia de agregar todas as correntes do partido.



Blog — Na nova executiva municipal do PT, além deles próprios como vogal e presidente, Odisséia e Eduardo fizeram também o André na secretaria de Formação Política. Helinho Anomal fez o Hugo Diniz na tesouraria e a Edilma no CEM. O Félix Manhães fez Robinho na vice-presidência, o grupo ligado ao Roberto Moraes fez Fábio Paes na Comunicação e o de vocês o Marcão na secretaria Geral. Foi uma divisão justa?

Marco — Sim. Vemos que a escolha das pessoas para os cargos foi realizada de uma maneira bem democrática. Não houve, simplesmente, indicações. Cada qual conquistou seu lugar através do poder de voto que demonstrou ter durante a eleição para presidente do partido. Não há o que se questionar quanto a isso. Eduardo Peixoto conduziu de maneira pacífica a distribuição dos cargos.



Blog — Você e seu xará, o Marcão, aparecem como os dois nomes politicamente mais fortes do grupo de Renatinho. Algum dos dois pensa em se lançar a vereador em 2012, ou isso depende de Odisséia vir ou não à prefeita? E agora, em 2010, quem vocês vão apoiar para deputado estadual, federal e senador?

Marco — No grupo não há pessoas mais fortes que outras. Como o próprio nome sugere, somos um grupo. Só temos força se unidos. Uma coisa é certa: o PT terá um vereador deste grupo em 2012, mas não definimos o nome ainda. Melhor seria se Odisséia se lançasse candidata a prefeita, mas, caso isso não aconteça, não vai adiar nossos planos. Agora para 2010, vamos apoiar para deputado estadual Rodrigo Neves, Vladimir Palmeira para federal e, para senador, se vencedor das prévias, Lindberg Farias. Todos do Partido dos Trabalhadores.

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